Bom dia!
O pots de hoje deveria ter saído ontem, mas o blogspot deu um 'bug' e eu só consegui esse tempinho agora para publicá-la.
Eu não gosto de sensacionalismo barato, e mesmo que houvesse um vídeo com as cenas do ataque da orca Tillikum ("Tilly", como é carinhosamente chamada) à sua treinadora, eu jamais o publicaria. Penso que tal fatalidade não pode ressoar como se a orca fosse um animal agressivo e incapaz de convivência. Na verdade, precisamos observar que nós humanos, racionais, é que deveríamos entender que confinar um animal enorme como a orca, em um espaço minúsculo como um aquário em um parque de atrações, é que é agressividade. Mesmo com o animal sendo bem tratado, recebendo atenção e carinho, há uma lei no mundo animal chamada "instinto" , e nada pode ir de encontro a isso.
Gostaria de citar, a entrevista feita com uma veterinária do aquário de São Paulo, que reforçou que o comportamento de Tilly é perfeitamente aceitável. "Em um dia eles acordam felizes, dispostos, e obedecem aos comandos com precisão, mas são como nós, em outros dias, não, e então ficam irritados e não respondem bem ao condicionamento".
E é exatamente isso! Tilly, uma orca de aproximadamente 30 anos já trabalha em parques há muitos anos, o que talvez explique o comportamento cansado e estressado, uma vez que todo animal tem um tempo útil (ou deveria ter pelo menos), para esse trabalho de condicionamento.
É uma falha nossa, como humanos, tratar os animais como se eles não tivessem personalidade. Penso tristemente na 'fama' que Tilly adquiriu. Ela é dita como um animal 'agressivo e violento'... mas como não ser diante de tantas apresentações diárias, e um espaço mínimo, sendo que as orcas são animais que costumam nadar muitos quilômetros por dia?
Eu não frequento circos há muito tempo, desde que comecei a estudar comportamento animal, acho deprimente aqueles animais sem vontade própria, sendo exibidos como marionetes, em troca de um carinho ou de uma comidinha a mais...
De qualquer forma, ainda fico satisfeita que Tillikum não esteja na mira de ser sacrificada. Aí sim, estaríamos cometendo a maior injustiça do mundo... matar um animal que aprisionamos e destinamos ao confinamento...
Eu e certamente todos os biólogos, ativistas e pessoas que tem afinidade com a causa animal, esperamos que acidentes como este, façam abrir os olhos dos que ganham muito dinheiro com este tipo de atividade.
Eu nunca vi uma orca ou uma baleia de verdade... mas se um dia tivesse esta chance, garanto que gostaria que fosse em pleno mar... fazendo o que elas sabem fazer de mais belo: Viver suas vidas... sem a intervenção do ser humano.
Meus sentimentos a família de Dawn Brancheau, a treinadora morta, e desejo consciência aos donos de tais parques...
É hora de repensar esse tipo de atração.
Beijos à todos!
4 comentários:
Pois é Dani, lamentável esse tipo de atração.
O pior é que existem pessoas que prestigiam esse tipo de "espetáculo".
Chegaram a cogitar o sacrifício do animal, como se ele tbém ñ fosse vítima.
Bj
Camila
É isso mesmo Camilinha. Está na hora de mostrarmos em nossas salas de aula, que os humanos é que deveriam respeitar as leis da natureza. Afinal, somos nós que somos ditos racionais.
Bjks em vc.
Oi Dani...estive lendo a reportagem da revista VEJA que tb trata desse assunto e eles dizem lá que Tylli é um macho que já atacou outro treinador, um turista que caiu na piscina e agora esta treinadora. É claro que não explica um possível sacrifício ou até mesmo solta-lo no mar, já que ele não saberia viver depois de 30 anos...foi o caso da protagonista do filme Free Willi e Free Willi 2 em que depois de ser solta morreu pois não sabia caçar e se desdobrar dos perigos.
Segundo a reportagem, e cradito nisso, chegará um dia, em um futuro distante em que os humanos verão esses "entretenimentos" como nós vemos hoje as barbáries romanas no Coliseu.
Espero que não seja tarde demais.
Ótimo post Dani.
É Anselmo... feliz do homem que reconhece que a natureza tem mistérios... e tolo aquele que pensa que consegue dominá-los...
Beijão meu amigo!
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