Eu juro que queria encerrar a quinta feira com notícias bacanas, atrativas, inteligentes.
Mas assistindo a um programa jornalístico fiquei comovida com um caso apresentado e que se passa em uma cidade chamada Conceição do Araguaia, no interior do Pará.
Não bastasse as crianças caminharem por duas horas a pé para pegar um ônibus que leva mais uma hora para chegar até a escola pública de um local chamado Jenipapo II, a escola não tem a menor infra estrutura. Sem água para as crianças beberem, com brechas enormes que deixam entrar sol e chuva e sem qualquer tipo de condição para de fato se estudar.
Confesso que isso acabou comigo, que venho de uma realidade totalmente diferente, onde meus alunos reclamam até quando por acaso, ficam alguns minutos sem água no bebedouro instalado no próprio andar da sala de aula... e tantas outras reclamações descabidas que escuto, e que nem merecem ser mencionadas aqui, depois de ter visto esta reportagem.
O vídeo da entrevista com uma aluna que após dizer que o "sonho dela era ter uma escola bonita, com água e que o sol não batesse na cara dela", desaba em um choro sentido, ainda não está disponível na rede, mas tão logo esteja, eu vou anexá-lo a esta postagem. Realmente esta entrevista me tirou o sossego, e não pude me conter.
Há muita injustiça neste país... e as vezes, a gente se comove mais com o que está longe de nós do que com o que está perto.
Para mim, ver a reportagem, calou fundo ao coração, e pedi a Deus que eu tenha a capacidade de não somente transmitir conteúdo aos meus alunos, mas que eu saiba transmitir humanidade a eles, para que quando crescerem se tornem homens públicos mais comprometidos com os que tem menos do que eles.
:(
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