segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma Rousseff... uma nova Princesa Isabel?

Enfim... temos um novo presidente, ops! Uma presidenta!
Passado todo esse período de campanha, indecisão, medo, ansiedade, e tudo mais que uma mudança gera em seu país, dormimos Lula e acordamos Dilma.
Calma... o Biotransitando continua sendo um espaço científico, mas certamente democrático, e aqui cabem sim, considerações no mínimo importantes sobre essa nova fase que viveremos.
Digo nova porque as pessoas são diferentes e mesmo que coadunem pensamentos, a mente sempre deve estar aberta para mudanças.
Não, não, eu nao votei na Dilma, mas também não votei no Serra. Fui Marina no primeiro turno e no segundo, optei por anular o meu voto. É um direito que tenho. Adquiri este direito quando a mulher passou a ter vez para votar, portanto tenho poder sobre ele, e não quis dá-lo a quem realmente não me convenceu.
Ontem a noite, depois do pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, cheguei a me emocionar, não por suas palavras, mas pelos avanços que nosso país já conquistou.
Ontem também, ao levantar para votar, pensei com meus botões: "bom mesmo era se não tivéssemos a obrigatoriedade de votar"... mas depois de chegar à minha seção de votação e ver que o sistema brasileiro é o mais evoluido do mundo, repensei: " e pensar que anos atrás nós não tinhamos o direito ao voto..."
Daí festejei este direito. É nas urnas que temos o poder de dizer não às injustiças sociais. É nas urnas que podemos manifestar nossa indignação e nossa vontade de mudança, É nas urnas que podemos protestar (mas não colocando Tiriricas no poder né gente???), enfim...
Viva o direito ao voto!
Agora sim, é hora de pensar em avanços científicos. O Brasil ainda investe pouco em pesquisa, ainda remunera mal seus pesquisadores, ainda exporta matéria prima e importa (a preços absurdos) o produto cujo material saiu daqui (a preços muito baixos).
O Brasil ainda precisa assumir uma política ambiental, pensar nos impactos ambientais das novas hidrelétricas, do desmatamento para o avanço do progresso.
Nossos governantes precisam olhar para as questões ambientais com carinho e atenção.
Nosso ouro, não é o pré-sal. Nosso ouro é como vamos administrar essa riqueza. E isso precisa ser levado em conta.
Enfim...
Embora eu não possa dizer que meu desejo nas urnas se concretizou (porque eu queria uma mulher sim, mas era Marina Silva), também não posso dizer que não acordei otimista.
Não é possível que quem tem a chance de comandar uma nação, possa pensar em não marcar seu nome na história de forma diferente de todos os outros que já passaram por nós.
Dilma não foi a primeira. A Princesa Isabel foi a primeira mulher brasileira a assumir um cargo de tanta responsabilidade. Ela marcou seu nome na história: acabou com a escravidão.
Conta a história que "Isabel Cristina comemorou seu aniversário de 39 anos, em 1885, com uma solenidade no Paço Municipal da capital, o Rio de Janeiro. Sentada, tendo a seu lado o marido, foi a estrela da cerimônia em que diversos escravos foram alforriados.Conforme os nomes dos beneficiados eram anunciados pelo vice-presidente da Câmara, João Florentino Meira de Vasconcellos, eles seguiam para receber seus certificados de libertação das mãos de Isabel. Cada ex-escravo curvava-se e, em sinal de respeito e gratidão, dava um beijo na mão da aniversariante. A relação de afeto entre a mulher e os negros" começava a ser demonstrada publicamente."
Espero portanto que Dilma não seja menor que a Princesa Isabel, que ela governe realmente para os que ainda não tem condições mínimas de sobrevivência, mas não é dando bolsas e mais bolsas... e sim, dando condições destas pessoas trabalharem dignamente para comprar o que precisam.
Sucesso a Dilma! Sucesso ao nosso Brasil.

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