sábado, 10 de julho de 2010

Microquimerismo... é a genética mais perto de explicar mistérios.

Oiiiiiii gente!!!
Alguém aí já ouviu falar em microquimerismo?
Para os que disserem que não, eu 'engrosso o caldo' porque até poucos dias atrás, nem eu sabia do que se tratava.
De forma superficial a Biologia, denomina 'quimera' a um organismo que se forma a partir da fusão de células embrionárias de diferentes organismos.
Mas o que eu li na página do Alysson Muotri, do G1, é algo de ficar de queixo caído. Não de forma negativa, mas sim pela beleza e fascínio que a genética desperta.
É que pesquisas recentes comprovam que existe troca de células entre o feto e a mãe, e que tais células vivem por muito tempo em ambos... o que significa dizer que em nós, até hoje, existem células que não nos pertencem, e em nossas mães também há células que eram nossas.
O que isso muda na ciência? Muita coisa!
Em especial, essa descoberta foi um 'acaso'. É que na verdade os pesquisadores estavam tentando entender como era possível não haver rejeição em transplantados com órgãos de indivíduos não compatíveis, casos raros, diga-se de passagem, mas que intrigavam a todos.
A descoberta aconteceu quando cromossomos "Y" foram marcados com sondas e foram identificados em mulheres que haviam feito transplantes. Até aí tudo bem... porque acreditava-se que esses cromossomos Y podiam ser dos doadores dos tecidos transplantados. Mas quando os pesquisadores perceberam que tais células não se localizavam apenas nos tecidos de órgãos transplantados, mas sim e diversos outros orgãos, aí é que a coisa ficou intrigante.
Para surpresa de todos, mulheres que nunca tinham recebido transplantes, também possuíam células com cromossomos Y, e mais, tais mulheres tinham tido filhos homens, ou seja... elas tinham trocado células com seus fetos durante a gestação e ainda as continham em seus organismos.
Bela genética... sei que é através dela que vamos chegar a mistérios biológicos considerados insondáveis...
Resumindo... não somos apenas um conjunto de células originadas a partir do embrião... temos em nós células maternas, que podem nos tornar imunes ou não a determinados antígenos...
O biólogo Alysson Muotri diz que daqui para frente tanto os conceitos biológicos quanto filosóficos acerca da 'individualidade' e da relação materno-fetal terão que começar a ser revistos.
E eu certamente não serei a mesma nas minhas aulas de Biologia :)
É a ciência nos ensinando que não há limites para a disposição dos pesquisadores. Que bom!!!!! :)
Para saber mais, visite o link: http://colunas.g1.com.br/espiral/

2 comentários:

Anselmo Jr disse...

Oi Dani...tudo bem.

Adorei a reportagem, até porque, como você sabe, somos três filhos homens e a nossa mãe têm um sexto sentido sobre nós, que parecia, as vezes, coisa de outro mundo. Mas como você coloca no belíssimo post, temos que rever nossos conceitos sobre individualidade...cumplicidade entre mãe e filho.

Grande abraço querida professora.

Dani Benaion disse...

Pois é... acredito que aí começa a fazer sentido o ditado "coração de mãe não se engana"
A genética achou esse 'fio' que liga mães e filhos. Não dá para negar :)

Abraços e volte sempre.