Boa noite!
"A postagem de hoje me parece oportuna que seja à noite, depois de uma semana produtiva de estudos aqui em Belo Horizonte, e que me fez apaixonar pela "História da Filosofia da Ciência", através de uma exímia professora da PUC - Lídia Ribeiro de Oliveira, aqui estou eu, quase que fascinada pelos cientistas do início da História da Ciência, e embora na minha área Aristóteles tenha ficado conhecido como o primeiro grande Biólogo, não é dele que vou falar, pelo menos não hoje.
Quero falar de um revolucionário, alguém que desafiou as leis da Igreja, tão poderosa em seu tempo, cerca de 400 anos atrás.
Quero citar Galileu Galilei (1564-1642).
Muitos sabem que Galileu foi o primeiro a contestar a idéia de que a Terra era o centro do universo (geocentrismo), sugerindo que o sol o era (heliocentrismo). Através de um telescópio construído por ele mesmo, afirmou que a lua tinha montanhas e depressões, chegou até a calcular o tamanho das montanhas, descobriu as constelações (embora haja citações de que outro cientista tenha visualizado a lua poucos meses antes de Galileu a descrever). E por este motivo, foi perseguido e condenado à Inquisição. Para redimir-se foi obrigado a negar publicamente todas as suas descobertas em relação aos astros, fato que ocorreu quando ele tinha 70 anos.
Porém há uma lenda que após negar todas as suas afirmações, ele murmurou :“E pur, si muove!” – “e, no entanto, ela se move!”.
Depois de sua negação, permaneceu até 1642 preso em sua casa, onde morreu cego, oito anos depois em Florença (Itália).
Mas o que me move (e me comove) falar de Galileu, não é apenas a sua descoberta em si, mas sua ousadia, e seu genial raciocínio para as coisas da natureza.
Mesmo anos mais tarde de sua morte, tudo tendo sido constatado, a Igreja só reconheceu seu erro perante a condenação de Galileu no final do século XX, por sinal depois de 23 anos que o homem tinha pisado em solo lunar.
Não é de se impressionar que quem conhece a história deste italiano, descubra que 'há muito mais mistérios entre o céu e a Terra do que julgue a nossa vã filosofia', mas que alguém decidiu iniciar a elucidação destes mistérios e portanto é digno de nossa admiração.
Como Bióloga, não é comum que eu estivesse boba diante da 'arte' de Galileu Galilei, mas foi através de toda sua história que percebi que para ser um verdadeiro cientista, é necessário questionar, argumentar, pesquisar e sobretudo não acitar as verdades científicas inquestionáveis.
Viva portanto Galileu Galilei! Que viva em nossa mente, que viva em nossa sala de aula, que viva sempre para aqueles que como ele ainda tem muitos mistérios à revelar.
2009 é o ano da Astronomia, dedicado especialmente à ele, pelos 400 anos de suas primeiras observações."
O Físico Adilson de Oliveira do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos, me inspirou no texto que acabaram de ler, mas obviamente o texto original possui muito mais contribuições, e portanto sugiro como leitura obrigatória para quem quer entender um pouquinho mais da História da Ciência.
http://cienciahoje.uol.com.br/135954
Um comentário:
Olá Dani! Estou aqui mais uma vez para agradecer a indicação do Prêmio Dardos. Fiquei muito feliz e já postei lá no blog. Parabéns por este belo texto publicado. Cada vez mais vejo a necessidade de falarmos sobre cientistas para que os jovens possam se envolver com temas realmente interessantes. Galileu morreu cego, provavelmente de tanto observar o céu em busca de decifrar suas teorias. Parabéns mesmo!
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