domingo, 8 de março de 2009

Mulheres que fizeram a História da Ciência

Em ordem: Rosalind Franklin, Sophie Germain, Marie Curie e Mary Somerville
Eis que chega o "Dia Internacional da Mulher".
Ao contrário do que muitos fazem, não vou repetir aqui as apologias à mulher que tem jornada dupla, que cuida da casa e dos filhos e ainda trabalha fora... enfim... Sou da opinião de que uma mulher digna de homenagens é aquela que sabe o que quer, e que ousa, e que sonha, e que realiza, e que conquista. Por isso, hoje eu trouxe aqui as grande mulheres da Ciência. Independente do tempo histórico em que viveram... são, sem dúvida nenhuma, merecedoras de todo o nosso respeito, admiração, e imitação.
Marie Curie, polonesa de Varsóvia, foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, no caso, de Física em 1903, por suas descobertas sobre radioatividade. Licenciou-se na Sorbonne, sendo o primeiro lugar em Ciências Físicas e Matemática. Ganhou também outro Nobel, desta vez em Química, sendo a única pessoa a ganhar dois prêmios em áreas científicas distintas.
Sophie Germain, francesa, lutou pelos preconceitos contra a mulher na Ciência. Interessou-se por matemática justamente no período da Revolução francesa, quando não podia sair de casa e apaixonou-se pela Matemática quando leu sobre a morte de Arquimedes (que dizia que ele fora morto quando desenhava na areia uma figura matemática) o que a fez perceber que se alguém podia estar tão absorvido por isto, prestes a morrer, é porque a matemática seria fascinante.
Chegou a adotar um pseudônimo masculino para se corresponder com os físicos e matemáticos da época. Gauss foi um deles, que fascinou-se por ela ao saber que se tratava de uma mulher. Foi portanto uma célebre matemática, além de ter resistido à falta da Educação formal da época e ao preconceito contra as mulheres.
Mary Somerville, escocesa que aprendeu a ler com a mãe e até os dez anos de idade não conhecera instrução alguma, foi mandada pelo pai para um colégio interno que utilizava o método da memorização e ela pouco aprendeu, uma vez que tais estudos não lhe interessavam.
Anos mais tarde conheceu a aritmética, mas a família a impediu de continuar estudando, achando que tal estudo não deveria ser praticado por mulheres.
Posteriormente, folheando uma revista de moda, encontrou na última folha o que lhe pareceu interessante: xs e ys, e questionando do que se tratava, responderam-lhe ser álgebra. Foi quando tomou conhecimento que um livro denominado Elementos de Euclides poderia lhe dar de beber da sede que tinha a respeito de álgebra. Conseguiu o livo às escondidas porque não ficava bem para uma mulher da época comprá-lo em livrarias. Lia durante a noite, quando todos estavam na cama, até que desoberta pelos pais, de seu quarto foram tiradas todas as velas para que não lesse mais durante a noite.
Casada com um primo distante, não era impedida de estudar, teve dois filhos e seu marido ao morrer deixou-lhe dinheiro, o que a fez voltar para a casa de sua mãe, porém livre para estudar o que desejasse.
Aos 32 anos, casou-se com outro primo distante. Este a incentivava, e também pelos amigos, foi estimulada a traduzir o tratado de Mecânica Celeste de Laplace.
Daí em diante tornou-se referência para outros físicos e matemáticos em uma época que as Universidades nem admitiam mulheres.
Rosalind Franklin, biofísica americana pioneira na Biologia Molecular, usou a técnica de difração de Raios-X para descobrir a forma helicoidal da molécula de DNA, porém, Watson e Crick colheram os louros do seu trabalho, ganhando em 1962 o Nobel de Medicina ou Fisiologia), uma vez que ela já havia falecido e não há homenagens póstumas neste prêmio. Rosalind morreu em 1958, aos 37 anos, por causa de um câncer de ovário.
Ainda há muitas mulheres a serem citadas e homenageadas... estas são apenas algumas que se dispuseram ir contra tudo e todos para poderem estudar e deixar um legado científico aos outros, inclusive aos que nelas não acreditavam.

Um comentário:

Anônimo disse...

ESSAS MULHERES SAO EXEMPLOS DE VIDA MAIS EU QUERIA Q TIVESSE ALGUMA BRASILEIRA